Bom senso: significado, importância e exemplos

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O bom senso é uma arma muito poderosa para entendermos a complexidade das relações humanas e para mitigar as propensões que temos de fazer julgamentos precipitados.

Ele age como um freio para evitarmos tomar decisões por impulso. Nesse sentido, torna-se uma bússola que orienta nossos comportamentos em relação a nós mesmos e em relação aos outros.

Pode ser que você não perceba, mas o bom senso ocupa diferentes esferas do nosso dia a dia. Desde as relações interpessoais até a forma como observamos e avaliamos tudo ao nosso redor.

Qual é o significado de bom senso?

Ter bom senso significa sermos capazes de discernir entre uma situação e outra.

Devido a essa habilidade, nossas decisões podem ter referências e parâmetros baseados na lógica e na razão.

Além disso, este conceito visa o bem comum. A partir dessa qualidade, entendemos que precisamos de um senso prático que visa facilitar a convivência, evitar brigas e agir pelo bem-estar nas relações.

O bom senso, em grande parte, não é aprendido apenas a partir do que os outros nos ensinam ou ditam, e sim em como vivenciamos as situações. Ou seja, é reflexo de nossa experiência.

Cada pessoa trilhou caminhos diferentes e vivenciou fatos que nem sempre são semelhantes com os dos outros.

Dessa forma, seu bom senso, ou o que parece mais racional para você, pode não fazer sentido para os outros.

Ele torna-se muito útil, por exemplo, para evitar a violência. Permite que tenhamos tolerância, de modo a evitar ataques verbais e físicos.

Não é verdade que diversas guerras poderiam ser evitadas se houvesse bom senso?

Muitas vezes, trata-se de ideologias conflitantes em lados opostos que não estão abertos, de fato, a uma solução.

O que poderia ser mais penoso que uma guerra na qual milhares ou até milhões de vidas, inclusive crianças, são sacrificadas? Existe algum bom senso nisso?

Se fosse aplicado tal conceito, e se não fosse uma briga de egos, muitos conflitos entre países, e não apenas entre pessoas, seriam evitados.

Entenda a importância do bom senso

Você já se deparou com o pensamento de que não pode fazer nada? Já percebeu que há pessoas que não param de reclamar e de compartilhar o desespero ou mesmo o ódio verbal que se espalha por toda parte?

Descartes disse:

“O bom senso é a coisa que, no mundo, está mais bem distribuída. Cada um pensa estar tão bem provido dele que até mesmo aqueles que são os mais difíceis de se contentar em todas as outras coisas não têm de forma nenhuma o costume de desejarem ter mais do que o que têm”.

De alguma maneira, cada pessoa dispõe de seu próprio termômetro de bom senso (ou da falta dele), que às vezes não equivale ao dos outros.

Por outro lado, o mais intrigante é que todos estaríamos em uma melhor posição se pudéssemos aplicar essa palavra simples em termos de valores.

Mesmo sabendo que seria melhor fazer algo em determinadas situações, não fazemos nada.

Segundo o bom senso, deveríamos nos alimentar de uma maneira mais saudável. Esse dilema já ficou martelando em sua mente? Porém, na maioria das vezes não colocamos a saúde em primeiro lugar.

Muitas vezes, o bom senso está naquela lista de prioridades que vai parar no lixo ou vai ficar empoeirada na gaveta.

Além disso, pelo bom senso deveríamos passar mais tempo de qualidade com as pessoas que amamos. Se sabemos disso, por que não o praticamos?

Como a falta de bom senso nos afeta?

Sabe quando alguém tenta provar a todo custo que tem uma opinião correta sobre algo apenas porque chegou a tal lugar e se sente o mentor sem que ninguém tivesse solicitado sua mentoria?

Tal indivíduo acaba se tornando inconveniente, para não dizer “chato”. Isso significa que ele não vai convencer outra pessoa do seu argumento apenas porque acredita no que está dizendo.

Sabendo disso, é importante entender que não vale a pena entrar em discussões que não levam a lugar algum.

Em outras palavras, devemos evitar fazer com que uma pessoa concorde conosco e adote o ponto de vista alheio porque acreditamos que é o que funciona para todas as pessoas.

Insistir em um debate em que alguém deseja impor uma opinião é a manifestação da falta de bom senso.

Por quê? Parece óbvio, mas não é tão óbvio para muitos indivíduos. A imposição de uma ideia ou vontade é um reflexo de que você não está aberto a dialogar.

Portanto, evite entrar em discussões sempre que perceber que a argumentação não vai fazer nenhuma diferença para ambos.

Por outro lado, ter bom senso significa respeitar o ponto de vista dos outros mesmo que você não concorde com aquelas ideias. Por acaso alguém é o dono da verdade? Pode ter certeza que não.

Nesse sentido, a falta de bom senso pode ter consequências negativas para a qualidade dos nossos relacionamentos, nos âmbitos pessoal e profissional.

Indivíduos considerados inconvenientes, pela falta de bom senso, podem se tornar, inclusive, alvo de piadas quando não estão por perto ou mesmo alvo de rejeição.

O que fazer para ter bom senso?

Antes de saber como ter bom senso, você precisa compreender que ele está ausente ao menos em alguma esfera da sua vida.

Sendo assim, o que você pode fazer é avaliar suas ações e planejar sua vida na direção que você quer que ela tenha para que você alcance seus sonhos e ideais.

Tenha metas, analise o que você tem feito até o momento e trace planos. Para isso, talvez você tenha que se livrar de hábitos ruins, mas faz parte do processo.

Do ponto de vista das relações interpessoais, analise também como a falta de bom senso tem interferido para que você tenha uma melhor qualidade de vida, pois o desgaste interpessoal gera estresse, provoca ansiedade e interfere em nosso equilíbrio emocional.

Por fim, não subestime o poder do bom senso, pois ele é um verdadeiro norteador de nossas ações, de como interagimos com outras pessoas e, consequentemente, de nosso bem-estar.